O Maradona, utilizador proeminente do Twitter, pregou no acelerador um pouco para aproveitar a recta numa estrada do interior. Que deleite; a brisa tépida após um dia de sol abrasador... O Mercedes último modelo sulcava a estrada num ronronar apaziguador; ao redor, um silêncio entre um pinhal denso. No porta-luvas, encontrou um disco para orientar o seu pensamento disperso: «Já cá faltava Sultans of Swing». Maradona estarreceu aos primeiros acordes que se repercutiram no interior do Mercedes como dois olhos palpitantes; até ousou executar num esgar aquele drone da guitarra em determinado momento da faixa, acrescentado: «Foda-se! Brilhante! É isso mesmo - acomodando-se ao volante - quando, de forma completamente imprevista, vislumbrou um indivíduo com o polegar em riste. «Quer boleia, meu amigo? «Não, estava na esperança que o meu amigo me acompanhasse para uma noite de excessos. «Foda-se, por quem me toma? Mas... quem é você? «Queres levar de supetão? «Epá, não estou a gostar da brincadeira. Quer que eu saia do carro? «Não te preocupes. «Vou é chamar a polícia. Qual é o teu nome? «Estás a ouvir Dire Straits? «Diz - procurou dizer o Maradona. «Que mau gosto. Deves pegar de empurrão. «Como te chamas? «Rabinho dos Bosques.
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